Quando eu estava terminando o colegial, meu primo me chamou para trabalhar com ele em uma de suas lojas de materiais fotográficos.
Na loja que eu era lotado trabalhei com um outro moleque (eu com 17 e ele com 16 anos) no qual sempre tinha um revezamento de atividades, enquanto um ficava no atendimento ao público o outro trabalhava nas máquinas de revelação e impressão de fotos.
O ano era 1999 e ainda se usava muita câmera analógica (que por uma feliz coincidência eu ganhei da mão desse meu primo que me deu o emprego na loja dele), pois as câmeras digitais eram muito caras e não havia celular/smartphone/tablets e toda essa tecnologia.
Aprendi demais sobre equipamento fotográfico, processo de revelação de filmes 35mm, operar as maquinas reveladoras, correção de cores (ali fui apresentado ao CMY-K), uso e manutenção dos produtos químicos reveladores, maquina de impressão de cópias das fotografias, corte ou não dos negativos, montagem dos álbuns e tudo que envolvia o processo, desde o recebimento dos filmes até a entrega do produto final.
Naquela época eu não fazia ideia do quanto aquilo que vivi trabalhando na loja iria ter influencias nas coisas que iria fazer dali pra frente, o quanto eu iria me interessar por fotografia e todos assuntos que a rodeia, o quanto eu iria aprender e crescer culturalmente com tudo aquilo.
O Raphael de hoje agrade demais minha tia e seu filho pela oportunidade que me deram naquela época, tudo aquilo foi essencial para minha formação fotográfica de hoje.
