Blog #14 - PN-919 | Analógica

Entre os meses de agosto de 2023 a feveiro de 2024 usei o filme "Kodak Pro Image, 36/100" na câmera analógica PN 919. Usei praticamente todo o filme andando pelo centro de Santos, fotografando os prédios do centro histórico e algumas imagens de jogos da portuguesa santista. 

Tenho gostado de usar câmera pois como ela é leve, pequena e não chama muito atenção, dá pra usar bastante pelos centros urbanos sem que as pessoas fiquem te olhando com cara de "mas qual motivo dele estar fotografando isso ou aquilo", coisa que acontece com frequência quando uso as outras câmeras analógicas como a Yashica FX-D "Kodak Pro Image, 36/100" ou a Nikon AS "Kentmere PB 36/100". Deixar claro que amo usar as câmeras pesadas, mas o problema maior é a descrição no uso delas, inclusive as pessoas quando notam que estou com a PN-919 em mãos olham curioso achando até que a câmera é de brinquedo!

Outro fator que gosto da PN 919 é a total falta de controle sobre a exposição, iluminação, distancia focal. Por se tratar de uma câmera no moldes das lomos, a gente fica ao sabor de como serão as fotos na hora que forem reveladas, gosto dessa insegurança, dessa coisa da surpresa de como vão ficar. Obvio que nem todas fotos são "aproveitadas" mas em geral o resultado é massa.

Blog #13 - Ego; pequena palavra, grande problema

Recentemente assisti uma live do fotografo e professor Thales Trigo em que ele falava sobre aceitar críticas das suas fotos e proferir críticas a fotos de outros fotógrafos sem ser a crítica fofa ou aquela critica absolutamente destrutiva apenas para destruir o trabalha do outro.

Nessa live houve a participação da artista plástica Maria Cecilia de São Thiago e ela falou que era bacana montar um grupo de fotógrafos onde todos apresentavam seus trabalhos e debatiam as fotos, como se fosse um laboratório de análise de imagens, sem juízos de amizades, apenas usando a conversa para falar sobre fotografia.

No chat dessa live comentei da dificuldade de manter um grupo assim pois sempre vai ter um coleguinha que vai se achar o "Bresson" e não vai compreender e aceitar a crítica a foto e achar que quem está proferindo a crítica tem inveja do trabalho apresentado ou simplesmente não gosta da pessoa e está descontando na análise da foto.

Vou me usar como exemplo, fiz uma arte divulgação para Instagram, achei que estava ok, mas como não sou designer/ publicitário, mostrei a arte para uma designer/ publicitaria que atua há anos na área e ela pacientemente me deu dicas de uso de outros tipos de fonte para melhorar a imagem da arte. Aceitei as dicas dela, fiz as alterações e mostrei o novo resultado, para minha surpresa ela disse que ficou melhor e que teria mais resultados a nova arte que fiz.

Tão difícil quanto proferir uma opinião embasada, critica, fundamentada, sem ser levado para o lado pessoal, é receber o mesmo tipo de crítica e entender as ponderações de quem está opinando sua obra.

É preciso tomar muito cuidado pra não cair no que o Jonathan Corrêa já dizia ao explicar o nome da banda "Ego Kill Talent", o ego vai matar seu talento.

Blog #12 - Dar título para foto?

Esses dias li a seguinte frase: "se eu tivesse que explicar minhas fotos eu seria escritor e mão fotografo". Confesso que essa frase me pegou e como dizem os mais jovens "alugou um condomínio na minha cabeça"

Eu sou péssimo para dar títulos as coisas, textos, fotos e descrições tenho uma imensa dificuldade em transformar em uma expressão curta tudo aquilo que fiz em um tem texto e principalmente numa foto.

Essa dificuldade em relação a foto é ainda maior pois na maioria das vezes a imagem já está dizendo aquilo que quero mostrar e sempre acho que o título em si é só pra deixar tudo mais redundante.

Há casos que obviamente a foto necessita de um título, pois quando se trata de um projeto com várias fotos do mesmo tema acaba sendo necessário, por exemplo fotos surrealistas, que é pra nortear quem está observando a exposição.

Em redes sociais tenho me atentado para a descrição de imagens para deficiente visuais (ALT) e sempre tento fazer essa descrição para que a foto tenha alcance mais amplo e inclusivo.

Ainda não consegui chegar a uma conclusão sobre isso, mas o que percebi é que como tudo está sempre mudando a gente também precisa se adequar a algumas mudanças e isso pode ser mais fácil (ou não) pra cada um, com isso acho que é bem pessoal isso de dar (ou não) título para foto, não consigo ver isso como uma regra, cada um dá o rumo que acha correto para seu trabalho.

Blog #11 - 2024

Que o ano que se inicia hoje seja repleto de projetos fotográficos!